Me corrói as entranhas cogitar a hipótese de que talvez jamais tenha, de fato, existido aquilo que tenho procurado. Mas então o que é a verdade, se não tudo aquilo em que acreditamos com todas as nossas forças, até o fatídico momento em que não cremos mais? É difícil manter os pés no chão enquanto a mente voa. Talvez o que me compete seja justamente diagnosticar a completa inexistência do romance ou constatar que trata-se de um bobo conceito hipotético. Uma ideia que nos inspira, que nos motiva, que nos estufa o peito através de um brusco sopro do mais puro nada. Uma isca que nós, mesmo após fisgados sucessivas vezes, seguimos mordendo, constantemente e com convicção. E eu mordi mil vezes e vou morder outras duas mil, justamente por acreditar na ínfima chance de – somente por uma vez – aquilo tudo não ser uma mentira.
"Vou te esquecer só pra lembrar."
É essa a essência que capto toda vez que leio o texto 'A mentira', que escrevi. Chegar no ponto de se perguntar o quanto tudo aconteceu e foi real, e o quanto nós é que fantasiamos e enlouquecemos, é doloroso mesmo. Mas acredito que, o que a vida nos mostrar em seguida, será aquilo que realmente é de verdade.
ResponderExcluirBeijos, amada!
é tão dificil quando não sabemos onde está a verdade e o que foi real ou não...
ResponderExcluirbeijo!
O real e o imaginário são entrelaçados. É, e sempre será, impossível destinguílos.
ResponderExcluirBeijos
Menina, amei seu blog, e como você,amo os textos da Camila Paier também( vi vários aqui,amei!)
ResponderExcluirUm beijo, adorei seu blog!